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quinta-feira, 27 de junho de 2013

"ABORTO" - UMA VIDA INTERROMPIDA!

CRÔNICAS




                                   "ABORTO"
           UMA VIDA INTERROMPIDA!



                    Como gosto de fazer, sempre que possível vou em busca de opiniões, sobre qualquer tema que me proponho a escrever, principalmente quando quem está envolvido é o próprio personagem. Neste caso, em especial, não dá pra saber a opinião do abortado. Mas em geral todos fazem parte da história, direta ou indiretamente. Todos nós fazemos parte da história que é contada ou vivida. Contudo, hoje, nada melhor do que saber a opinião dos que são diretamente envolvidos, neste tema que parece tão polêmico. Digo, parece, porque acredito que não deveria ter polêmica nenhuma, pois o nome em si, já diz tudo: Aborto! E quem são as fontes desse tema? As mulheres! Não pode-se esquecer as fontes indiretas, elas são tão importantes quantos os diretamente envolvidos. Os homens, são umas dessa fontes indiretas.
                  Nos conflitos de opiniões entre as religiões, política, moral e ética, as mulheres parece as últimas a serem ouvidas e consideradas. Então pergunto: É a mulher capaz de decidir sobre tal proceder e mudar um tabu que parece não ter fim. O tema Aborto é um grande tabu. É um assunto onde todos têm razão. Ou pelo menos acham que tem! O que quero saber, é se a mulher é capaz ou a pessoa certa para decidir a realização de um aborto, ou não! É?
                 Quanto mais o tempo passa, mais o tema aumenta a labaredas das discussões o tornando atual e sempre na moda... nunca obsoleto. Não vou citar os nomes das mulheres que opinaram, mas faço questão de falar suas idades. Perguntei para dez mulheres o que elas tinham a dizer sobre "ABORTO" leiam as respostas:
1 -  (29 anos e um filho) "Houve um tempo em que eu era a favor. Hoje sou completamente contra, é como se alguém viesse e tirasse sua vida. Mas em caso de estupro sou a favor".
2 - (43 anos e um filho) "Sou contra! olha, ali tem uma vida, nossa horrível... Sou a favor só em caso de estupro".
3 - (32 anos, solteira e não tem filhos) "Sou contra... Sei lá, depende do caso! Se for por motivo de estupro, sou a favor".
4 - (38 anos, casada e mãe de 4 filhos) "Sou contra, menos quando for por causa de estupro, ou como hoje existe aparelho para detectar se a criança vai ser normal ou não, neste caso também sou a favor do aborto".
5 - (27 anos e sem filhos) "Sou contra, a não ser em caso específico como estupro e doença, de outra maneira, não... Há tantas maneiras de prevenção!"
6 - (44 anos e 2 filhos) "Sou a favor, as coisas estão difíceis! Eu faria se fosse preciso. As pessoas tem o direito se vão querer ou não o filho para criar".
7 - (34 anos e um filho) este é casado: "Sou completamente contra o ABORTO. As pessoas tem que ser mais responsáveis!".
 8 - (29 anos e sem filhos) "Não concordo em hipótese alguma que alguém faça isso, só em casos extremos como o de violência sexual, e jovens com 12,13 anos que são praticamente ainda crianças...".   
                   Bem, paremos por aqui, pelas respostas dessas pessoas, entre elas a de um homem, em geral todos são contra e ao mesmo tempo a favor. Paradoxo? Não! As pessoas são contra o aborto, isso é fato. Contudo, por um motivo ou outro também são contra. Como costumo dizer, tudo é questão de momento, ou seja, depende muito de como foi contraído essa gestação. No mundo inteiro existe protestos, se faz passeatas pró ou contra o aborto.
                  Confesso que quando comecei a escrever essa crônica, eu tinha uma ideia premeditada sobre o assunto e nunca imaginei que pensaria diferente ao fim do texto. Por tanto, as opiniões e maneira como se expressavam, me fizeram ter outra visão do que acreditava e defendia. Todos tem suas razões óbvias para justificar de que lado estar, contra ou a favor. O problema é que 'sim ou não' a resposta é correta. Pode abortar sim não está errado. Abortar é crime, se está tirando a vida de uma pessoa (também está correto). Ninguém tem que sofrer, se souber de antemão, que o filho terá um debilidade por resto da vida. Esse ponto de vista, também, está certo. Quem quer suportar por nove meses uma gravidez motivada por estupro? E se o estuprador for um doente mental, aumentando assim a chance do bebê ter alguma deformidade?
                    Com os olhos da razão, todos tem certeza da decisão que toma. As pessoas não querem uma lei que seja a favor ou contra; Na verdade, poucos se importam se é certo ou errado o aborto. Elas querem uma lei que as dê o direito de uma livre escolha. Pois é nato do ser humano, ter suas próprias decisões. E o direito de fazerem o que quiserem de suas vidas, está entre elas aborta ou não.
                    Tomar um partido de ser a favor ou contra me parece hipocrisia. Veja se não... Os que dizem ser contra o aborto, abre exceção, os que dizem ser a favor, fazem o mesmo. O fato é que quem está de fora pensa de um jeito, e quem está passando pelo problema de uma gravidez indesejada, pensa de outro. O certo seria que todos os envolvidos, tivessem o direito de eles próprios decidissem qual o caminho que melhor conduz sua vida, nem que pra isso o aborto seja um mal necessário. Ter ou não um filho, gerado por meios forçados ou que seja detectado anomalia. Então, eis a questão: Por que se estamos dentro do problemas não podemos tomar nossas próprias decisões, sem que nos incriminem com suas razões? Acredito que a consciência de cada um ( se é que tem) deve ser respeitada. Por que com lei ou sem lei as pessoas tomam decisões. O mesmo acontece se está envolvido crenças ou não... Elas também tomam decisões! Com ética ou sem ética, com moral ou sem moral, tomam decisões clandestinas ou não. No caso de quem viver o dilema de um aborto, onde entra a ética e a moral? E até que ponto a religião pode influenciar na vida material de uma pessoa?
                    Não podemos fugir, de nossos atos, toda e qualquer decisão que tomamos na vida, o pagamento virá. Me parece que essa é uma lei do sobrenatural, a decisão que aqui se toma, aqui se paga. E em caso de aborto, muitas vezes o preço que se paga é muito alto, a vida. Então, eu fico imaginando para que lei, se a própria vida bate o martelo, fixando a sentença pra quem comete o ato?
                     Porém, vivemos num mundo onde a lei do homem se faz presente; Ela estando certa ou errada, há de ser cumprida e executada. Mudar ou criar novas leis? Seria ótimo!
                      

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