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sábado, 18 de novembro de 2017

O SEGREDO DA MORTE

CRÔNICA




                                           
                                                  O SEGREDO DA MORTE


                - Caro leitor, pare de ler está crônica se você acredita que ela vai desvendar os mistérios pós-morte. Não vai! Contudo, continue a ler se o tema te for interessante. Por exemplo, eu quando leitor, fico curioso para saber onde a mente do escritor quer chegar, e o porque do tema proposto por ele.
Tem uma música escrita por Raul Seixas ( Cantor Brasileiro, já falecido)  que diz o seguinte:
"Eu sei que em determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo a muitos anos
E que nunca mais vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez

A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em qual esquina ela vai me encontrar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
...." (curta essa música no final da crônica)

                  - Em alguma crônica minha, remota, tenho falado algo a respeito do tema. Lembro em dizer que no fundo do coração, lá dentro do íntimo, bem no inconsciente ninguém teme a morte; Apesar da vontade de nunca morrer. Na verdade, parece um paradoxo. Claro, se nos perguntam se queremos morrer, dizemos de imediato que não! No entanto pouco fazemos para sustentar o que desejamos. Muito mal tomamos alguns remédios ou nos submetemos à cirurgia. Quantas vezes não esquecemos de tomar os remédios prescritos? Basta uma pequena melhora no quadro clínico que começamos a deixar de lado as drogas terapêuticas.
Mas tem uma verdade que não pode ser deixada de lado ou esquecida... Quando a morte é iminente. Aí então bate o medo mórbido, tal qual criança imploramos à Deus, imploramos aos deuses, pedimos corrente de orações, nos entupimos de remédios, buscamos alternativas. Mesmo que dentro de nós saibamos que tudo é em vão. Mesmo assim no agarramos na fé, como se ela fosse o último recurso. Buscam curas milagrosas nas religiões e até nas ervas... E em todo o momento, colocamos o Deus como herói ou vilão. Um Pai bondoso, ou, um Pai que não existe.
                       - É! Quando sentimos que a morte está batendo à porta, é que demonstramos o que realmente temos dentro de nós. Tem alguns que fazem retiros para repensar em tudo que aprontou ou viveu. Eles dizem que precisaram se encontrar e encontrar o caminho a seguir. Promessas de que se Deus o salvar desse momento difícil, vai levar uma vida mais saudável, amar mais, buscar ajudar o próximo, dar mais valor a vida, por assim dizer.
                           - Venhamos que um dos maiores desejos dos humanos é ir para o céu. Querem está na morada celestial, pertinho de Deus. Porque o céu é tudo de bom, é maravilhoso, imagine estar perto dos anjos, e de Cristo, e conhecer Deus? Contudo, o caminho para chegar nessa maravilha de mundo é necessário - segundo acreditam - passar por uma 'porta', a porta entre a terra e o céu se chama "MORTE".  Aí é que está a peleja interna; Ninguém quer morrer! Será que la no mais profundo íntimo, o medo da morte é exatamente o medo de se encontrar com Deus? Quem teria essa coragem de se encontrar com o Todo Poderoso? Qual fiel que acredita que Deus perdoou seus pecados, simplesmente porque está nessa ou naquela religião? Quem acredita realmente em Deus, e ou leu sobre Ele sabe muito bem, que mesmo sendo perdoador, nada passa impune aos olhos de Deus. Porque caso contrário seria muito bom fazer o que se faz aqui, depois aceitar Jesus e ir dormir no colo de Deus.
                           - A MORTE realmente é o enigma da vida, acredita-se até que depois que deixamos de viver aqui, vamos viver do outro lado, lado esse também desconhecido, a incógnita. A maior verdade sobre a morte é que apesar de ninguém querer morrer, está sempre fazendo por onde morrer mais cedo. Talvez seja porque é um caminho que não há como evitar, ou seja mais cedo ou tarde, iremos parar dentro de uma sepultura. Como é um caminho sem curvas, então que esta caminhada seja sempre vivida da melhor maneira possível. Tentamos encontrar curvas no caminho da vida, mas a reta está ali para que nela seja dado nossos passos. Notem que sendo uma reta, não há como nos defender da seta mortal. Uma hora ela nos acerta e tudo se apaga. Seja a doença, seja uma queda, seja um acidente, seja um infarto, seja por afogamento, seja uma bala perdida, seja,,, seja... seja... por fim seja pela idade e nas falência múltiplas de órgãos!.
                               - O segredo da Morte, nunca será desvendado, já que é segredo. Se soubêssemos deixava de ser segredo. No entanto quando ela vem no momento certo, se é que existe o momento certo, é para alívio e conforto de todos, de quem morreu e de quem ficou. A morte é o alívio da dor e o fim de todo o mal. Mesmo não querendo, a carne humana é saudável por poucos anos de vida. Com o passar do tempo, os órgãos vão perdendo vida, células vão perdendo vida, os olhos vão perdendo vida, rins não correspondem mais com perfeição, o sangue já não corresponde as necessidades do corpo, coração cansado bate mais lentamente dando sinais que não vai demorar sua parada... As consequências são dores e doenças muitas vezes incuráveis. É a reta da vida!
                               - Quando fechamos os olhos, acreditem no que quiser... o fato é que, quem está de olhos abertos sabe e ver tudo que está acontecendo e vai permanecer por mais um período curto de tempo. Lhe aumenta a certeza de que não quer está ali. Porque como se diz, os vivos saberão que vão morrer porém, os mortos pereceram. Nós vivos preferimos deixar os mistérios da morte, se é que há mistério... para quando morrermos.!






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