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quarta-feira, 4 de março de 2015

ONDE ESTÁ A JUSTIÇA?

CRÔNICA






                                      ONDE ESTÁ A JUSTIÇA?





"O comerciante estava com uma pistola e iniciou uma troca de tiros com os assaltantes. Um dos criminosos foi baleado e morreu no local. Outro assaltante também foi atingido, fugiu e foi preso no Pronto Socorro Central de Santos. Já o resto do grupo conseguiu escapar da polícia." (Do G1 Santos) 22/02/2015.


                     O texto  acima narra o que aconteceu em Santos, cidade litorânea de São Paulo. Temos todo tempo do mundo e todo espaço possível, para falar sobre a justiça brasileira. O que aconteceu em Santos é apenas o mínimo das ocorrências  de todos os dias, nas delegacias desse país. Sim, sabemos que as injustiças também correm fora dos olhos da lei. Os casos domésticos, por exemplo, é um deles. Mas Falemos aqui apenas do que a lei é capaz de colaborar com a sociedade, fazendo com que o cidadão sinta que seus direitos foram respeitados. Até acredita-se que não há meio termos no que se refere à lei, é como se o sim fosse sim e o não fosse não. Quando a lei diz que matar é crime, realmente matar é crime, quando diz que roubar é delito, roubar realmente é delito. Quando foi aprovado a lei que não se deve andar armado ou possuir arma sem porte, é crime, isto segundo a lei, também, é crime. Não tem nada errado, na lei que afirma que A é A e B é B. Porém a lei jamais pode ser mais importante que próprio homem. Ou os atos do homem que visa seu próprio bem ou o bem da sociedade em geral. Não diz o adágio, que o direito de um termina quando começa o do outro? Eu não sei se é verdade, mas estamos cansados de ouvir que toda regra tem exceção. Alei da justiça é uma regra? Se for, tem que haver exceção também! Quem acompanhou a história do texto citado, sabe muito bem do que estou falando. Para quem não acompanhou, deixarei claro de forma resumida o que houve. "O comerciante estava com a família dentro de seu automóvel, quando os bandidos resolveram atacar todos que se encontravam dentro do veículo. Para se defender e defender a família, o comerciante sacou o revólver e revidou, mesmo baleado o comerciante conseguiu atingir os bandidos, onde um veio a óbito e o outro se encontra em recuperação. Cumprindo o papel de protetor da família, os demais membros ficaram ilesos (sorte, pois o veículo ficou perfurados em vários lugares)". A justiça mandou prender o comerciante. Qual o motivo? O comerciante escapou mesmo ferido com vários tiros, a esposas e filhos ilesos, foi preso por que estava armado. A justiça não considerou o fato de o comerciante salvar-se e salvar a família... E se os bandidos tivessem levado a melhor nesse atentado? Quero dizer, se os criminosos tivessem acabado com o comerciante e família?... O que faria a justiça? Ah! A justiça não tem uma lei pra isso não?
                   Quando falamos na palavra "justiça" a que nos referimos, ao estado, às leis, ao juiz? Se for ao conjunto, também não importa, o fato é que se deve haver bom senso, para que se julgue com justiça. É verdade que um erro não justifica o outro. Mas no caso do ocorrido com o comerciante, a experiência vivida no atentado, já não é uma punição que vai lhe acompanhar pelo resto da vida? Tal quais seus filhos e esposa? . Como vão esquecer os estampidos anunciando o fim de suas vidas? Qual quer delegado, juiz, promotor, ou qualquer um que represente o estado ficaria traumatizado após uma experiência semelhante. Ou não?
                    Ninguém foi perguntar para os marginais, quais motivos eles tinham para executarem a família do comerciante. O bandido estava armado para praticar o mal; O comerciante estava armado para praticar o bem. O estado não pode acreditar que os motivos de ambos estarem armados eram os mesmos. Neste episódio, o comerciante foi punido pelo destino; Um dos marginais foi punido com a perda da vida e o outro bandido foi punido com o revide e ainda pode ser punido por descumprir a lei e por atentado à vida do próximo. O estado não pode exercer a hipocrisia, nem aceitar que seus representantes sejam hipócritas. Alguém duvida que alguns juízes, advogados e ou promotores não andem armados? Sim, acredito que o cidadão armado é tão perigoso quanto desarmado. Todo delito tem um porque do por quê! Cabe a Justiça analisar e julgar conforme a necessidade de cada caso. No ato do comerciante que poderia muito bem está junto com a família hoje, sendo apenas saudosos, mas graças a Deus estão vivos contanto essa triste história, deveria sim, ser homenageados e reconhecidos pelo estado como exemplo de homem. Não é todo dia que aparece na sociedade heróis amantes da família, e se somos uma sociedade, por que não dizer amante da sociedade? Com ou sem armas que apareçam muitos heróis como esse comerciante; Quem sabe diminua assim o número de bandidos, e que a paz não seja apenas uma ilusão!

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