CRÔNICA
ONDE ESTÁ A JUSTIÇA?
"O comerciante estava com
uma pistola e iniciou uma troca de tiros com os assaltantes. Um dos criminosos
foi baleado e morreu no local. Outro assaltante também foi atingido, fugiu e
foi preso no Pronto Socorro Central de Santos. Já o resto do grupo conseguiu
escapar da polícia." (Do G1 Santos) 22/02/2015.
O
texto acima narra o que aconteceu em Santos, cidade litorânea de São
Paulo. Temos todo tempo do mundo e todo espaço possível, para falar sobre a
justiça brasileira. O que aconteceu em Santos é apenas o mínimo das
ocorrências de todos os dias, nas delegacias desse país. Sim, sabemos que
as injustiças também correm fora dos olhos da lei. Os casos domésticos, por
exemplo, é um deles. Mas Falemos aqui apenas do que a lei é capaz de colaborar
com a sociedade, fazendo com que o cidadão sinta que seus direitos foram
respeitados. Até acredita-se que não há meio termos no que se refere à lei, é
como se o sim fosse sim e o não fosse não. Quando a lei diz que matar é crime,
realmente matar é crime, quando diz que roubar é delito, roubar realmente é
delito. Quando foi aprovado a lei que não se deve andar armado ou possuir arma
sem porte, é crime, isto segundo a lei, também, é crime. Não tem nada errado,
na lei que afirma que A é A e B é B. Porém a lei jamais pode ser mais
importante que próprio homem. Ou os atos do homem que visa seu próprio bem ou o
bem da sociedade em geral. Não diz o adágio, que o direito de um termina quando
começa o do outro? Eu não sei se é verdade, mas estamos cansados de ouvir que
toda regra tem exceção. Alei da justiça é uma regra? Se for, tem que haver
exceção também! Quem acompanhou a história do texto citado, sabe muito bem do
que estou falando. Para quem não acompanhou, deixarei claro de forma resumida o
que houve. "O comerciante estava com a família dentro de seu automóvel,
quando os bandidos resolveram atacar todos que se encontravam dentro do
veículo. Para se defender e defender a família, o comerciante sacou o revólver
e revidou, mesmo baleado o comerciante conseguiu atingir os bandidos, onde um
veio a óbito e o outro se encontra em recuperação. Cumprindo o papel de
protetor da família, os demais membros ficaram ilesos (sorte, pois o veículo
ficou perfurados em vários lugares)". A justiça mandou prender o
comerciante. Qual o motivo? O comerciante escapou mesmo ferido com vários
tiros, a esposas e filhos ilesos, foi preso por que estava armado. A justiça
não considerou o fato de o comerciante salvar-se e salvar a família... E
se os bandidos tivessem levado a melhor nesse atentado? Quero dizer, se os
criminosos tivessem acabado com o comerciante e família?... O
que faria a justiça? Ah! A justiça não tem uma lei pra isso não?
Quando falamos na palavra "justiça" a que nos referimos, ao estado,
às leis, ao juiz? Se for ao conjunto, também não importa, o fato é que se
deve haver bom senso, para que se julgue com justiça. É verdade que
um erro não justifica o outro. Mas no caso do ocorrido com o comerciante, a
experiência vivida no atentado, já não é uma punição que vai lhe
acompanhar pelo resto da vida? Tal quais seus filhos e esposa? . Como vão
esquecer os estampidos anunciando o fim de suas vidas? Qual quer delegado,
juiz, promotor, ou qualquer um que represente o estado ficaria
traumatizado após uma experiência semelhante. Ou não?
Ninguém
foi perguntar para os marginais, quais motivos eles tinham para executarem
a família do comerciante. O bandido estava armado para praticar o mal; O
comerciante estava armado para praticar o bem. O estado não pode acreditar
que os motivos de ambos estarem armados eram os mesmos. Neste episódio, o
comerciante foi punido pelo destino; Um dos marginais foi punido com a
perda da vida e o outro bandido foi punido com o revide e ainda pode ser punido
por descumprir a lei e por atentado à vida do próximo. O estado não pode
exercer a hipocrisia, nem aceitar que seus representantes sejam
hipócritas. Alguém duvida que alguns juízes, advogados e ou
promotores não andem armados? Sim, acredito que o cidadão armado é tão
perigoso quanto desarmado. Todo delito tem um porque do por quê! Cabe a Justiça
analisar e julgar conforme a necessidade de cada caso. No ato do
comerciante que poderia muito bem está junto com a família hoje, sendo apenas
saudosos, mas graças a Deus estão vivos contanto essa triste história, deveria sim,
ser homenageados e reconhecidos pelo estado como exemplo de homem. Não é todo
dia que aparece na sociedade heróis amantes da família, e se somos uma
sociedade, por que não dizer amante da sociedade? Com ou sem armas que apareçam
muitos heróis como esse comerciante; Quem sabe diminua assim o número de
bandidos, e que a paz não seja apenas uma ilusão!
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