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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

UM POUCO DE AMOR NESSE FIM DE ANO

            

CURTIR, COMPARTILHAR, ACOMPANHAR ESSE BLOGGER, OUVINDO ESTA MARAVILHA DE MÚSICA, ALÉM DE SER UM COLÍRIO PARA OS OLHOS, É UM ACALENTO PARA ALMA... SOMOS TODOS  UM ETERNO APAIXONADO!!!


 

D'accord, il existait d'autres façons de se quitter
Quelques éclats de verre auraient peut-être pu nous aider
Dans ce silence amer, j'ai décidé de pardonner
Les erreurs qu'on peut faire à trop s'aimer
D'accord la petite fille en moi souvent te réclamait
Presque comme une mère, tu me bordais, me protègeais
Je t'ai volé ce sang qu'on aurait pas dû partager
A bout de mots, de rêves je vais crier
Je t'aime, je t'aime
Comme un fou comme un soldat
comme une star de cinéma
Je t'aime, je t'aime
Comme un loup, comme un roi
Comme un homme que je ne suis pas
Tu vois, je t'aime comme ça
D'accord je t'ai confié tous mes sourires, tous mes secrets
Même ceux, dont seul un frère est le gardien inavoué
Dans cette maison de pierre, Satan nous regardait danser
J'ai tant voulu la guerre de corps qui se faisaient la paix
Je t'aime, je t'aime
Comme un fou comme un soldat
comme une star de cinéma
Je t'aime, je t'aime
Comme un loup, comme un roi
Comme un homme que je ne suis pas
Tu vois, je t'aime comme ça
 
EM PORTUGUÊS:
 
Ok, havia outras maneiras de despedida
Alguns vidro ter quebrado pode ser capaz de nos ajudar
Neste silêncio amargo, decidi perdoar
Os erros podem ser feito também amam
No menina pequena em me frequentemente afirmado você
Quase como uma mãe, você me guardado, estava me protegendo
Vou ter roubado o seu sangue que não podiam ser separados
No final de palavras, sonhos eu vou gritar
Eu te amo, eu te amo
Como um louco, como um soldado
como uma estrela de cinema
Eu te amo, eu te amo
Como um lobo, como um rei
Como um homem que eu não sou
Você vê, eu te amo assim
Ok eu disse todos os meus sorrisos, todos os meus segredos
Mesmo aqueles que só um irmão é o guarda-redes não confessado
Nesta casa de pedra, Satanás nos observavam dança
Eu queria muito a guerra dos corpos que fez a paz
Eu te amo, eu te amo
Como um louco, como um soldado
como uma estrela de cinema
Eu te amo, eu te amo
Como um lobo, como um rei
Como um homem que eu não sou
Você vê, eu te amo assim

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"O MONSTRO"

CRÔNICA


                                                O MONSTRO
                                (suposto, ainda)


 
       Trecho da matéria retirada do: G1 RJ:
'Eu gostei e comecei a acostumar', diz assassino.
Durante o depoimento, ele ainda confessou a morte de uma criança de dois anos e disse que cometeu o crime porque tinha medo que os vizinhos ouvissem o choro dela depois que a mãe foi assassinada. Sailson falou aos policiais que começou a cometer crimes ainda na adolescência.
“Comecei a roubar coisas pequenas, fazer pequenos furtos. Aí fui crescendo e tendo outros pensamentos diferentes. O pensamento foi mudando, entendeu? De roubar, fui começando a pensar em matar. Com 15 anos, roubava bolsa. Depois, com 17, eu matei a primeira pessoa. Deu aquela adrenalina, a primeira mulher. Aí veio na mente a cadeia. Será que eu vou preso? As coisas fluíram bem. Aí foi vindo na mente de fazer mais e mais. E eu gostei e comecei a acostumar”, disse ele, friamente.
Ele não matava mulheres negras, só brancas. Ele seguia a vítima, estudava passo a passo até conseguir concretizar o delito"
Pedro Henrique Medina,
delegado
O delegado Pedro Henrique Medina ficou surpreso com o relato do criminoso e afirmou que a riqueza de detalhes do depoimento indica a participação dele nas mortes.
“Confesso que é a primeira vez que eu vejo um elemento com a psicopatia de um serial killer. Apesar desses casos serem retomados agora, a gente pode perceber uma riqueza de detalhes muito grande. Em alguns casos que ele noticiou aqui e já fizemos uma busca em sistema já evidenciamos mulheres ou pessoas que ele executou de uma forma em determinada localidade do cômodo. Sinais que só a pessoa que estaria na cena do crime teria essa impr...
{ASSISTAOVÍDEODESSAENTREVISTAhttps://www.facebook.com/profile.php?id=10000407244}


                                            - Poderíamos está aqui falando de coisas boas. Mas infelizmente, somos pegos de surpresas por marginais cometendo crimes hediondos. Marginais esses que sentem prazer em ir à sociedade para divulgar seus atos monstruosos. Sinceramente não gosto de ligar a tevê logo que acordo, por ser o horário de notícias nos telejornais. Mas hoje, eu estava querendo saber notícias do esporte então resolvi ligar o aparelho. Não se pode dizer que no período da manhã só tenha notícia de violência. Contudo no exato momento que acionei o aparelho, foi jogado em minha cara essa horripilante notícia de que um ( MONSTRO ) acabava de confessar que praticara mais de 40 ASSASSINATO, aproveitou o momento por ter sido pego após assassinar uma mulher a facadas, e fez suas confissões, sem nenhum receio ou medo do que a justiça possa lhe julgar. É como se ele tivesse a absoluta certeza de que não importa quantos matou, nada vai lhe acontecer. O bicho tinha ciência de todos os seus atos, segundo ele, estudava cada detalhe da vida da vítima.
                                                                  Chamo a atenção, para fato de todos os seus crimes serem praticados contra mulheres e crianças. Detalhe, mulheres brancas. Será que ele é racista? Se formos chama-lo aqui de MONSTRO NEGRO, alguma ala da sociedade pode me taxar de preconceituoso e racista. Vejo que a sociedade está cheia de disse me disse, como diz os costumes populares, nhem-nhem-nehem! Dá até medo de tratar um verme desse como Monstro negro, mas ele pode assassinar mais de trinta mulheres brancas. NO BRASIL, criou-se a onda que temos que aceitar de tudo sem reclamar; Estão tirando nosso direito de dizer sim ou não, impõe numa ética hipócrita que temos de aceitar o gay, o preto, o branco, o casamento gay, o bissexual, a adoção de crianças por homossexuais, não se pode opinar sobre cores ou gosto... etc. uma verdadeira ditadura impondo a lei da mordaça. Eu sou contra qual quer tipo de violência, todos devem ser contra todo e qualquer tipo de violência. Mas nunca se deve obrigar, alguém aceitar ou deixar de aceitar qualquer coisa. Se você que aceitar e acha correto dois homens se casarem, é um direito seu, se você não acha correto, também é um direito seu! Se não concordamos que os homossexuais adotem crianças, é um direito nosso. Se concordarmos que essa seja uma prática legal, também é um direito nosso. Temos que partir do princípio que não devemos obrigar a ninguém concordar ou discordar com os nossos atos. Cabe a nós mesmo, assumirmos críticas e elogios pelo que fazemos ou praticamos.
                                                                     Chamar esse assassino em série de MONSTRO NEGRO, não é de maneira alguma, uma forma de racismo, mesmo porque esse bicho é de cor negra. E se ele tivesse a cor de sua pele branca, denominaríamos de MONSTRO BRANCO, porque essa atitude tem que ser enfática em todos os sentidos, para mostrar à sociedade a gravidade de se ter em nossos meios um ser dessa espécie. Alertar aos nossos políticos que já está mais que na hora de mudar as nossas leis que são obsoletas. O que estão nossos representantes esperando para se reunirem e mexer no nosso código penal? Podem até dizer que não é se mudando a lei que se concerta esses tipos de delitos... Então se não é que venham a público e digam o que é necessário, venham a nós e mostrem que solução deve ser aplicada, para pelo menos tentar amenizar as barbaridades que nos acometem no nosso cotidiano.
                                                                    Pode até não resolver... Mas como saberemos se nada fizermos? Qual a certeza de que não adianta mudar o código penal? Se depois que for feito algo para melhorar a vida das pessoas tentando impedir essas atrocidades, com leis mais severas, não der certo, temos que ter a humildade de mudar novamente. “A PRIMEIRA LEI QUE DEVERIA TER NO CÓDIGO PENAL ERA”. ARTIGO PRIMEIRO: "TODA LEI TEM QUE SER CUMPRIDA” “""
                                                                   Já está na hora de se pensar seriamente na 'pena de morte'. Dizem que a pena de morte não é a solução para os países que aplicam... Pode até não ser, mas lá existe. Já aqui, dizem não ser a solução, mas não existe. Eu duvido que se a lei existisse no Brasil, esses monstros não pensassem duas vezes. Poderiam até cometerem seus hediondos crimes, mas eles estariam cientes que assim que eles fossem pegos, seus crimes acabariam ali. E hoje? Quem garante que esse MONSTRO NEGRO não dará continuidade sua vida criminosa? Ou no Brasil não é assim?
                                                                      A questão aqui não é também apenas o fato desse berne, ter no seu currículo de morte, MULHERES, como se isso tivesse que ser tratado como violência a MULHER. Trata-se fundamentalmente de violência a sociedade. Por que a maioria foi mulheres, por serem mais frágeis? Não! Por que matou crianças, por serem mais frágeis? Não, por que matou menos homens por ser mais arriscado para o criminoso? Não! Afirmo que não, porque depois que se morre, não existe frágil ou duro, afinal um assassino desse não comete seus crimes, preparando a vítima para um duelo. Em seu inconsciente, ele teme suas vítimas, seja crianças, mulheres ou homens.
                                                                     QUANTOS monstros terão que aparecer em nosso meio, independente de sua cor, NEGRO, BRANCO, AZUL... ETC para o estado se mobilizar e AGIR?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O MUNDO E SUAS CRENÇAS


                                                 O MUNDO E SUAS CRENÇAS

                     
                       Vivendo e aprendendo... Eu nunca pensei que escreveria um texto com esse tema, mas como gosto de escrever, não posso me refutar fazendo de conta que não estou vendo as coisas como elas são. Todo escritor gosta de escrever ou falar algo que chame atenção, dizemos que são frases de efeito. E em uma de minhas pérolas digo que “as três coisas que estragam a humanidade são: Dinheiro, política e religião”.
                    Ninguém é dono da verdade, mas não podemos fechar os olhos para o fato de que a “VERDADE EXISTE”. Nem que pra isso, cada um tenha sua própria verdade, mas não quer dizer que essa verdade seja verdadeira. Ou seja, todas as pessoas acreditam naquilo que ela quer. O que leva ela acreditar em suas próprias crenças? Bem, isso não vem ao caso! Você leitor, se parar um pouco para pensar, em seu íntimo você entenderá o porquê do dinheiro junto com a política e religião, em vez de bem, fazem mal para sociedade. Deixemos esse adendo para outra oportunidade. Continuemos, apenas falando de religião.
                     RELIGIÃO poderia ou deveria ser um meio de aproximar as pessoas. Fazer com que uns amassem os outros. Mas o que se vê? Vê-se exatamente o contrário.  Não adianta fingir ou mentir. Eu tenho amigos, você tem amigos que já não fazem parte do rol de nossas amizades, simplesmente porque resolveram mudar ou seguir ao pé da letra a religião que acreditam ser a certa. É comum famílias crescerem seguindo essa ou aquela religião, mas que um por um motivo ou por outro mudam no caminhar da vida. Isso geralmente causa atrito na família, e muitos deixam de se falar. Deixam de frequentar a casa do outro. Não participam mais de eventos sociais que tanto gostavam, por acreditarem que aquilo agora é pecado. Se eu for enumerar o que acontece aqui por causa da religião, escreverei folhas e mais folhas...
                    DIZEM, dizem que existe apenas um Deus. Não importa que a religião siga, o deus é o mesmo! Eu fico me perguntando, como pode o Deus ser o mesmo, para todas as religiões? Eu não acredito nisso! Por quê? Porque as pessoas tornam-se fanáticas em nome desse suposto deus verdadeiro, guerreiam em nome desse deus matando irmãos de nações diferentes. Famílias são separadas, primos não falam com primos, irmãos não falam com irmãos, discutem cada um buscando está certo. Uns rezam pra cá outros rezam pra lá. Uns pedem bênção pra outros e ao mesmo tempo só visam seus próprios interesses.
                    Mudam de religião, dependendo desse interesse. Se o problema for saúde, vão à busca de milagre na religião que oferecer milagre. Se o problema for dinheiro, buscam religião que lhe proporcione esse detalhe. Se quiserem livrar-se de um mal, ou querem fazer mal a alguém, vão a busca da religião também. Ou não é assim? Mas tudo isso em nome de um suposto deus... JÁ QUE TEIMAM EM DIZER QUE DEUS, É UM SÓ! Alguém agora sabe explicar por que só existe um Deus, um deus  que causa tudo isso? Então meu amigo, se existir apenas um deus, é bom que nos distanciemos dele. Por que o que mais esse deus quer é destruir a todos! Sendo assim, onde está a verdade? Está dentro do coração de cada um, está no ato de amar a todos, mesmo que pra isso deixe a religião de lado. Que a paz de Deus o todo-poderoso, esteja com nós!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

ABORTO - UMA VIDA SEM CONTINUIDADE!

                                                                "ABORTO"
                               UMA VIDA INTERROMPIDA!



                                      Como gosto de fazer, sempre que possível vou à busca de opiniões, sobre qualquer tema que me proponho a escrever, principalmente quando quem está envolvido é o próprio personagem. Neste caso, em especial, não dá pra saber a opinião do abortado. Mas em geral todos fazem parte da história, direta ou indiretamente. Todos nós fazemos parte da história que é contada ou vivida. Contudo, hoje, nada melhor do que saber a opinião dos que são diretamente envolvidos, neste tema que parece tão polêmico. Digo, parece, porque acredito que não deveria ter polêmica nenhuma, pois o nome em si, já diz tudo: Aborto! E quem são as fontes desse tema? As mulheres! Não se podem esquecer as fontes indiretas, elas são tão importantes quantos os diretamente envolvidos. Os homens são umas dessas fontes indiretas.
                  Nos conflitos de opiniões entre as religiões, política, moral e ética, as mulheres parecem às últimas a serem ouvidas e consideradas. Então pergunto: É a mulher capaz de decidir sobre tal proceder e mudar um tabu que parece não ter fim. O tema Aborto é um grande tabu. É um assunto onde todos têm razão. Ou pelo menos acham que tem! O que quero saber é se a mulher é capaz ou a pessoa certa para decidir a realização de um aborto, ou não! É?
                 Quanto mais o tempo passa, mais o tema aumenta a labaredas das discussões o tornando atual e sempre na moda... Nunca obsoleto. Não vou citar os nomes das mulheres que opinaram, mas faço questão de falar suas idades. Perguntei para dez mulheres o que elas tinham a dizer sobre "ABORTO" leiam as respostas:
1 - (29 anos e um filho) "Houve um tempo em que eu era a favor. Hoje sou completamente contra, é como se alguém viesse e tirasse sua vida. Mas em caso de estupro sou a favor".
2 - (43 anos e um filho) "Sou contra! olha, ali tem uma vida, nossa horrível... Sou a favor só em caso de estupro".
3 - (32 anos, solteira e não tem filhos) "Sou contra... Sei lá, depende do caso! Se for por motivo de estupro, sou a favor".
4 - (38 anos, casada e mãe de 4 filhos) "Sou contra, menos quando for por causa de estupro, ou como hoje existe aparelho para detectar se a criança vai ser normal ou não, neste caso também sou a favor do aborto".
5 - (27 anos e sem filhos) "Sou contra, a não ser em caso específico como estupro e doença, de outra maneira, não... Há tantas maneiras de prevenção!"
6 - (44 anos e 2 filhos) "Sou a favor, as coisas estão difíceis! Eu faria se fosse preciso. As pessoas tem o direito se vão querer ou não o filho para criar".
7 - (34 anos e um filho) este é casado: "Sou completamente contra o ABORTO. As pessoas tem que ser mais responsáveis!".
 8 - (29 anos e sem filhos) "Não concordo em hipótese alguma que alguém faça isso, só em casos extremos como no de violência sexual, jovens com 12, 13 anos que são praticamente ainda crianças...".  
                   Bem, paremos por aqui. Pelas respostas dessas pessoas, entre elas a de um homem, em geral todos são contra e ao mesmo tempo a favor. Paradoxo? Não! As pessoas são contra o aborto, isso é fato. Contudo, por um motivo ou outro também são a favor. Como costumo dizer, tudo é questão de momento, ou seja, depende muito de como foi contraído essa gestação. No mundo inteiro existem protestos  Se faz passeatas prol ou contra o aborto.
                  Confesso que quando comecei a escrever essa crônica, eu tinha uma ideia premeditada sobre o assunto e nunca imaginei que pensaria diferente ao fim do texto. Por tanto, as opiniões e maneira como se expressaram, me fizeram ter outra visão do que eu acreditava e defendia. Todos têm suas razões óbvias para justificar de que lado estar, contra ou a favor. O problema é que 'sim ou não' a resposta é correta. Pode abortar sim, não está errado. Abortar é crime, se está tirando a vida de uma pessoa (também está correto?). Ninguém tem que sofrer se souber de antemão, que o filho terá uma debilidade por resto da vida. Esse ponto de vista, também, está certo. Quem quer suportar por nove meses uma gravidez motivada por estupro? E se o estuprador for um doente mental, aumentando assim a chance do bebê ter alguma deformidade?
                    Com os olhos da razão, todos tem certeza da decisão que toma. As pessoas não querem uma lei que seja a favor ou contra; Na verdade, poucos se importam se é certo ou errado o aborto. Elas querem uma lei que as dê o direito de uma livre escolha. Pois é nato do ser humano, ter suas próprias decisões. E o direito de fazerem o que quiserem de suas vidas, está entre elas, aborta ou não.
                    Tomar o partido de ser a favor ou contra me parece hipocrisia. Veja se não... Os que dizem ser contra o aborto, abre exceção. Os que dizem ser a favor, fazem o mesmo. O fato é, quem está de fora pensa de um jeito, e quem está passando pelo problema de uma gravidez indesejada, pensa de outro. O certo seria que todos os envolvidos, tivessem o direito de eles próprios decidirem qual o caminho que melhor conduz sua vida, nem que pra isso o aborto seja um mal necessário, ter ou não um filho, gerado por meios forçados ou que seja detectada anomalia. Então, eis a questão: Por que se estamos dentro dos problemas não podemos tomar nossas próprias decisões, sem que nos incriminem com suas razões? Acredito que a consciência de cada um (se é que tem) deve ser respeitada. Com lei ou sem lei as pessoas tomam decisões. O mesmo acontece se está envolvidas crenças ou não... Elas também tomam decisões! Com ética ou sem ética, com moral ou sem moral, tomam decisões clandestinas ou não. No caso de quem vive o dilema de um aborto, onde entra a ética e a moral? E até que ponto a religião pode influenciar na vida material de uma pessoa?
                    Não podemos fugir de nossos atos, toda e qualquer decisão que tomamos na vida, o pagamento virá. Parece-me que essa é uma lei do sobrenatural. A decisão que aqui se toma, aqui se paga. E em caso de aborto, muitas vezes o preço que se paga é muito alto, a vida. Então, eu fico imaginando pra que lei, se a própria vida bate o martelo, fixando a sentença pra quem comete o ato?
                     Porém, vivemos num mundo onde a lei do homem se faz presente; Ela estando certa ou errada, há de ser cumprida e executada. Mudar ou criar novas leis? Seria ótimo!
                      
Publicada por Osvaldo Lopes Cavalcante, quinta-feira, Junho 27, 2013

ABORTO, O CULPADO!









CRÔNICA


ABORTO - O CULPADO


                                       TEMA, de grande discussão. Acredito que em todo mundo. Muitos defendem a vida, dizem que ela é o bem mais precioso que Deus deixou.  Você é a favor ou contra o aborto? Tenho certeza que você deve está entre os 50% que dizem sim ou nas porcentagens que dizem 'não'. O fato é que o mundo inteiro se mobiliza, fazendo protestos contra ou a favor.
                                              A mulher diz que é um direito dela se deve ou não ter o filho, os que não estão passando por situações semelhantes acreditam que não importa a causa da gravidez, a vida que está dentro do ventre merece viver. Mas em fim, o que significa aborto? Bem o dicionário diz o seguinte:
 (ABORTO) 1 Expulsão de um feto ou embrião por morte fetal, antes do tempo e sem condições de vitalidade fora do útero materno.
2 Produto dessa expulsão.
3 Coisa ou resultado desfavorável ou imperfeito.
4 Fenômeno estranho ou raro.
5 Pessoa ou coisa considerada disforme.
 (ABORTAR)  1 Interromper o sucesso ou a continuação de algo.
2 Expulsar, espontânea ou voluntariamente, um feto ou embrião, antes do tempo e sem condições de vitalidade.                               
                                                  RESUMINDO, aborto quer dizer parar de fazer algo de forma voluntária ou não. Aurélio explicou muito bem. Só que se tratando de gravidez, como diz os velhos, o buraco é mais embaixo. Por quê? Porque envolve além de quem contraiu a concepção, os familiares, e de uma maneira geral a sociedade. Tenho dito em outra crônica sobre esse mesmo tema que quando o problema é com os outros, tudo é mais fácil de resolver.
                                                LEIA TRECHO DAQUELA CRÔNICA: “Tomar um partido de ser a favor ou contra me parece hipocrisia. Veja se não... Os que dizem ser contra o aborto, abre exceção, os que dizem ser a favor, fazem o mesmo. O fato é que quem está de fora pensa de um jeito, e quem está passando pelo problema de uma gravidez indesejada, pensa de outro. O certo seria que todos os envolvidos, tivessem o direito de eles próprios decidissem qual o caminho que melhor conduz sua vida, nem que pra isso o aborto seja um mal necessário. Ter ou não um filho, gerado por meios forçados ou que seja detectado anomalia. Então, eis a questão: Por que se estamos dentro dos problemas não podemos tomar nossas próprias decisões, sem que..." - QUINTA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2013.
                                               Nesta mesma crônica cheguei a dizer que seria o bom senso que determinaria se a mulher deveria ou não abortar o ser que dentro dela se encontra. Citei como exemplo, uma gravidez causada por estuprador. Hoje o mundo está cada vez mais inteligente, as pessoas buscam informações e procuram está atenta em tudo que acontece ao seu redor. Tornando-se muito mais fácil responder ou decidir suas questões; Mas, para se chegar ao ponto de abortar uma gravidez, não se pode negar que há vários motivos envolvidos. Que só quem está vivendo sabe quais. Geralmente quem está decidido ao ato do aborto, o último conselho que ele aceita é o religioso. Menos ainda o que diz a lei dos homens, se a interrupção de uma gravidez é crime ou não. As pessoas envolvidas, muitas vezes arriscam perde a própria vida à aceitar um filho indesejado.
                                            Busca-se um culpado, para abortar uma cria que no ventre foi instalada. Afinal, onde se encontra o culpado? Quem é o sujeito? Ele é doido? O feto tem deformação? A mulher é uma doente mental? Existe risco de morte para a mãe? ...Eu vi uma propagando onde diz  que 'as pessoas que são a favor do aborto, estão todas vivas' ... Alegam assim, que os vivos tiveram a chance de nascer, e agora querem impedir a vida de outro.
                                            Você que está lendo essa crônica, és a favor ou contra? Eu, acredite, sou a favor... E sempre serei a favor... A favor da decisão de quem está envolvido. Acredita-se que a solução é abortar, que façam. Se a decisão é dar continuidade a gestação, eu também sou completamente a favor. Porque o preço quem vai pagar após a decisão tomada, é exatamente quem está envolvido. Seja um preço cobrado pelas leis dos homens, ou pelas leis de Deus. É muito importante que as pessoas que não estão envolvidas diretamente, se solidarizem com quem vai tomar uma decisão tão difícil.
                                             Mas não vou refutar de minha resposta sobre quem é o culpado no meu modo de ver. O homem, ele é culpado sim, quando faz  ou força  que uma mulher aborte um filho. A mulher também é culpada quando toma a decisão de interromper a gestação. Nem sempre a gravidez é indesejada, passa a ser indesejada. O ABORTO, de maneira geral, não é apenas a interrupção da vida de um feto. Jogar uma criança no lixo, dentro de um saco, arremessa-la na caçamba de lixo, não se pode negar que isso também é aborto. Neste caso não apenas só a mulher é culpada de um crime, o homem que ajudou a fazer a criança, também é culpado. Cadê ele? Está se escondendo onde, para não assumir o filho que fez? Não importa se é na lei dos homens ou se é na lei de Deus, tirar uma vida é crime! Sendo assim... Cada um tem que responder pelos atos que tomam. Se tiver que sorrir... Sorriam! Se tiver que chorar... Que chorem!!


25/11/2015


                                       
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AGRADECIMENTO!

AGRADECENDO
 
 
 
 

UM TRABALHO QUE JAMAIS PODERÁ SER ESQUECIDO, POIS UM LIVRO É SEMPRE UM LIVRO. e O PRIMEIRO NINGUÉM ESQUECE, MUITO MENOS SEU AUTOR. OBRIGADO A TODOS QUE ESTÃ CONTRIBUINDO PARA O SUCESSO, MESMO QUE AINDA MODESTO, DESTA OBRA..

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ALÔ NARRADORES!!


CRÔNICAS


                                        HOMENAGEM AOS NARRADORES




Tudo na vida vem sempre com um pouco de dificuldade ou muitas dificuldades. Nada se consegue de forma honesta, de maneira fácil, claro que há exceção. Dizem que se assim não fosse, graça nenhuma haveria. De certa maneira o prazer de se conseguir algo esteja no sangue branco que escorre pelo rosto. A profissão de Narrador ou Locutor, como outra função qualquer tem seus graus de dificuldade.
Quero prestar homenagem aos Narradores e locutores, em especial aos narradores. Pessoas que se dedicam a transmitir emoções através da voz, das palavras. Buscam tocar o coração dos ouvintes, extravagando a própria emoção. Para quem está do outro lado (frente à tevê ou rádio) a emoção fica à flor da pele. Muitas vezes, vendo a imagem sem a companhia de um narrador, a imagem mesmo viva, parece morta se não for embalada por um narrador ou locutor.
A vida de um narrador é levada a quase uma demagogia ou falsidade. Na maioria das vezes ele não conhece de forma exímia o esporte que está narrando e muito menos o esportista que está jogando. No entanto , elogia, coloca o sujeito nas alturas, fala bem dele e da família, passando a impressão que conhece o jogador à década. Não soa como falsidade todos os elogios? Acredite não é! O narrado está se esforçando o máximo para que essa modalidade também venha fazer parte do gosto do ouvinte ou telespectador. Está tentando fazer com que o participante fique conhecido, e que outros patrocinadores tomem gosto pelo esporte e ajude de maneira geral para que ambos cresçam no cenário.  Sabemos que no Brasil, o nosso esporte predominante é o futebol. De norte a sul existem milhares de narradores dedicados ao futebol. Não importa muito quem é que está vestindo a camisa, o que vale é o clube ali representado. Os narradores dão conta de transmitir com perfeição, nome, sobrenome, apelido, número de camisa etc. Parece até fácil. Mas essa facilidade é fruto da paixão pelo esporte chamado futebol.
Os esportes que não são da massa brasileira exige dos narradores, maior esforço. Muitos vão pra frente de seus instrumentos de trabalho e expões suas vozes e seus talentos, tentando buscar a alma dos ouvintes e telespectadores. O narrador para o ouvinte é, uma faca com dois gumes. Se a narração for com maior ênfase para um e não para o outro time, o locutor fica tachado como torcedor daquele time que ele se empolgou mais... Triste vida de narrador. Uma profissão amada e odiada a cada segundo da partida em questão.
Mas o que seria do espetáculo sem eles?  Seria como uma televisão preta e branca sem som. Um espetáculo sem narrador/locutor seria igual um rádio sem pilha ou energia!
Parabéns a todos narradores do Brasil e do mundo. Parabéns pelo nível de emoção que passa para todos nós!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

APRESENTANDO O LIVRO

APRESENTANDO O LIVRO

SEJAM BEM VINDO AO BLOGGER, E NÃO DEIXE DE LER AS CRÔNICAS. DIVERSÃO, DE UM JEITO SEMPRE ATUALIZADO COM TUDO QUE ACONTECE NO NOSSO MEIO!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

400 ANOS - CAPÍTULO - ll

                                          
CAPÍTULO 2
 
 
 
 
 
                                            O CORREDOR DA MORTE



 

 

 

 

 

Fico me perguntando qual crime cometi, para pagar com a vida?! É claro que não fico me culpando, nem buscando resposta do "por que comigo?" Tenho ciência das palavras que eu tinha costume de citar às pessoas, a respeito da vida: ‘somos pontos luminosos no universo, que acendem e apagam num constante pisca-pisca. Apaga um aqui, outro acolá, outro ali. Até que chega a nossa vez. ’ "Aqueles pontos luminosos que apagam em lugares variados, são pessoas que morrem. Os pontos luminosos que acendem, são vidas novas que nascem dos ventres maternos".

Minha luminosidade por enquanto mostrou-se com falta de energia, motivado por falha na fiação elétrica, e por pouco, não fui mais um ponto a apagar-se no infinito universo: é assim que mim sinto, por esses dias que estou passando. Vivo à espera da sentença do juiz (junta médica) confirmando a data para o procedimento cirúrgico.

A trama está montada, o destino quis que desta vez o ator principal fosse eu (réu condenado), a família (os soldados), os estranhos (a plateia). Tirando o réu, o que os outros têm em comum é o olhar. Olham-me com um olhar, de quem poderão está olhando (8) para o ponto luminoso, pela última vez. Uns com olhar piedoso e outro, de despedida. Até as visitas, parecem serem feitas com os mesmos significados.

Como se eu estivesse por trás das grades e todos, vendo-me como um condenado, acredito que, uns desses estejam desejando o final, o mais rápido possível. Porque coração de estranho é assim, uns querem o bem outros, querem o mau. Nunca vamos conhecer quem é quem. Isso, também não importa! Para um cético, nada disso voga.

A realidade é essa: eu com pé neste mundo, e o outro pé, no outro mundo. O corredor da morte dá direto para sala letal. O carrasco está lá, encapuzado, à espera do que será abatido. Os dias passam lentamente, vou andando a passos de tartarugas à sala de execução. São dias tristes e anormais. São dias para reflexões e arrependimentos? Como vou pedir perdão, se não sei o crime que cometi, para receber uma pena tão alta? Até que eu pediria, se soubesse! Eu acredito na vida como ela é; acredito no dia a dia; acredito no resultado final. Nunca falei com alguém que se encontrou no CORREDOR DA MORTE. Sendo assim, não dá pra saber dos pensamentos deles; eu acho que ‘medo’ era o que eles menos tinham. Este é um sentimento, que falando por mim - já que me sinto em tal corredor – não existe no meu ser. É claro que, se eu despertar da cirurgia, darei continuidade à vida com o mesmo valor que sempre dei; O mesmo valor que dou hoje.

Quantos passos ainda me restam? Não sei! Só sei que a vontade de não ver ninguém, é a que mais tenho. Por mim, eu me isolava, e só aparecia, quando eu aparecesse*. Não sei se é normal, mas, como disse antes, saber que estamos impotente, que estamos próximo de ser um nada; saber da possibilidade de ser apenas uma lembrança é muito pior do que o infarto ou a própria morte. Deve acontecer dos prisioneiros penalizados à execução terem seus sonhos; Talvez, a única coisa que não sonham, seja com a própria liberdade, pois a culpa, acredito, não lhes deem esse privilégio.



*Três meses depois, completamente recuperado.

Chegaram a me falar que parecia que eu estava me entregando à morte e que o desânimo estava estampado no meu rosto. Fui aconselhado esquecer esse percalço e, a viver, como se nada estivesse acontecido; Só que, enquanto ele me aconselhava, a dor no peito e a falta de ar insistiam em me avisar que, eu não podia dar ouvido àquelas palavras. A vontade de me animar foi louvável, até agradeci e concordei com ele. A vida é muito bela para me derrubar antes do tempo. O inconformismo é que é muito maior que eu. Nunca vou me conformar com o que está me acontecendo. Estou preso sim, estou no CORREDOR sim. Porém, sou um dos raros casos de inocência; e quantos inocentes já não morreram? É verdade, que há casos raros de absolvição. Como esquecer que de uma hora pra outa saí da liberdade, para caminhar no CORREDOR DA MORTE? Talvez seja esta fisionomia que os outros, não estão conseguindo visualizar. Desde então, me mantenho pensativo, calado e muito desanimado. A alegria se foi e, isto é fato.

Sei que não terei outras reações, até o dia em que eu deitar para cirurgia, naquela mesa e tiver a permissão divina de se levantar. Por isso que afirmo, Deus é muitíssimo justo. Pois, Ele tanto permite a vida, quanto a morte... Isso para toro ser vivente. Então, que seja feita a vontade do todo poderoso.

A sensação de ser um prisioneiro, condenado, é motivada pela falta de data para fazer a cirurgia e, pelo fato de não saber como reagirá o coração até a data do procedimento. É como se o condenado, sem informação do seu processo – sabendo apenas da sentença – fosse acordado pelos guardas, e conduzido à forca ou a injeção letal, e também, à cadeira elétrica.

Sim, não penso em muitas coisas quando estou pensativo; às vezes acho até que não penso coisa alguma. São tantos remédios, que tenho a sensação de está drogue (dopado, tonto, aéreo). No inconformismo penso: "Sou o mais novo da família, meus outros irmãos, faz tempo, passaram dos 43 anos, nunca soube, que eles tivessem ou tenham problemas de coração. E olha que éramos dez irmãos. Até a irmã, que morreu de câncer de mama, tinha mais de quarenta. Fora isso, quase não penso...! Como todo mundo, eu também tenho sonhos, comigo não seria diferente. Primeiro, quero ver se acordo desse pesadelo de infortúnio, e assim eu venha ter sonhos bons. O homem não tem um sonho... Ele tem uma infinidade de sonhos. É claro que existem sonhos e sonho. Uns grandes, outros pequenos; Uns importantes, outros, menos importantes.

Sonhar que se está engaiolado, não é o desejo de ninguém. A diferença de um pássaro na gaiola e o ser humano atrás das grades, estar na chance de obtê-la, quando há esta possibilidade. O que faz um pássaro, quando é premiado? E o homem o que faz? Não vale de nada a liberdade, sem um sonho, como também, não vale nada um sonho sem liberdade. No corredor me sinto assim: perturbado, inconformado e vendo a vida como uma incógnita. Vejo-me com um sonho desfeito e uma liberdade ilusória... Onde tudo se apaga no fechar dos olhos. O medo deixa de existir a cada dia que passa. É no passar dos dias que se passa a dor; Como diz o dito popular, "O tempo é o remédio pra tudo". Aprendi nesses poucos dias de espera, que serei apagado no tempo, mas não serei apagado no coração dos que (10) realmente me amam. Na mente de todos, haverá lapso de amnésia. Contudo, do coração, jamais.

Independente do corredor do qual me encontro, o inconformismo, também, não importa muito. Que importância tem se fico chateado, inconformado, triste, feliz, conformado ou infeliz? Aconteceu e pronto!

Por dentro já morri mesmo! É natural sentir-se morto quando, se recebe uma notícia desta. Se assim não acontecesse, eu não seria humano. Todo dia é uma luta travada, pela passagem do tempo. Brigo com unhas e dentes, para que os dias passem voando, porém, suas 24 horas andam lentamente nos compassos dos segundos. Quanto mais rápido fosse feito a cirurgia, mais rápido o desfecho se dava. Aliviava assim a ansiedade de todos; Odeio o montante de remédios que me são ministrados, parecem até, tranquilizantes para leões dormirem. Minha sorte é que todas as grades têm o espaço de um ferro para outro. São nestas lacunas, que sinto a passagem para ir adiante O destino? Só o futuro mostrará.



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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CÉU CINZENTO - CAPÍTULO - I

CÉU CINZENTO

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Sábado, seis de abril de 2013.




               
DE UM ROMANCE CLANDESTINO  SURGE


         UM GRANDE AMOR E UMA VERDADEIRA PAIXÃO 

  


Em um mundo de fantasia e sonhos, os homens misturam a ilusão e a realidade! Tudo se passa no presente, na era antiga ou no futuro! O fato é que nunca se sabe em que tempo se estar vivendo. Viadutos se transformam em rios e prédios em montanhas, jardins em florestas e animais em monstros.



A estória é tão rica em detalhes que não sabemos onde começa ou termina a realidade, e ou onde termina ou começa a ficção. Vá de automóvel e volte no dorso de um pássaro! Ou você é o pássaro? Acorde, vamos para o começo da estória, e lembre-se da mais linda canção de amor que seu coração já escolheu! Pegue em minhas mãos, segure firme e mate o primeiro que atravessar em nossa frente, menos esse inseto voador. Cuidado, acerte-lhes primeiros suas asas!
  

 
 
 
TINHA... Que ser você, mas o destino não quis. Eu juro que acreditei, com medo eu me entreguei, fiz tudo pra ser feliz... Essa música repetia numa sequência da melhor de três, numa certa rádio fm. Muitos que não tem coragem de assumir um romance, dizem que isso é música para quem está com dor de cotovelo, ou melhor, sofrendo de amor. Contudo, Teodoro não se importava com o que os outros falavam. Seu coração cheio de amor, ele estava mais empenhado em procurar outra rádio que estivesse tocando novamente, essa que ele dizia ser uma linda canção. Ao seu lado se encontrava centenas de pessoas. Hoje ele tivera sorte, conseguiu sentar. O trem está sempre lotado. Seus olhos fechados; Os demais passageiros não sabiam se ele estava curtindo alguma coisa naqueles fones fincados nos seus ouvidos, ou, se estava dormia. Sua cara sim expressava felicidade, notavam-se ares felizes!



Alguém cutucou lhe o braço, pensava que Teodoro dormia. Assustado, abriu os olhos percorrendo por todos os lados, para vê o que estava acontecendo. -Me desculpe, pensei que estivesse dormindo, chegamos ao ponto final - O senhor se desculpou e em seguida desapareceu, no meio dos outros passageiros. -Cara louco! Não esperou nem eu lhe agradecer - Pensou Teodoro, enquanto arrancavam dos tímpanos, os fones do celular.

O dia seria longo, seriam umas dez horas de trabalho; A única coisa que lhe confortava, eram as canções românticas, que se tornaram amigas íntimas nesses momentos de solidão. Sim! Era desse jeito que ele se sentia todos os dias. Seu mundo era a lua, os dias pareciam relâmpagos. Seus amigos o notaram, ele estava muito diferente. Tinha até comprado um perfume que disseram ser o que as mulheres mais gostavam nos homens. Não que Teodoro não fosse um homem asseado, muito pelo contrário. É que dessa vez, ele estava mais vaidoso.

O mundo inteiro vai saber desse amor! Ah, que vontade de gritar: "... Amo-te, eu te amo!" Esse pensamento em voz alta, só faltou-lhe estourar! Ainda bem, que eram apenas seus pensamentos- Falou pra si mesmo. Às pressas, deu uma olhada no relógio que se encontrava no braço esquerdo... Um relógio de marca condor, que estava sempre atrasando - qualquer dia jogo essa porcaria no lixo, ainda não fiz isso porque o ganhei de presente - Lembrando-se da data que ele ganhou, concordou que já estava na hora de comprar outro, pois ainda era menor de idade quando recebera. - Nossa, a hora voa! - Para que nada lhe atrasasse mais ainda, Teodoro não quis mais suas melodias sertanejas. Guardou o celular e desconectou o fone. Reparou ser quinze pras sete da manhã. Tinha apenas quinze minutos para marcar o cartão. Não daria tempo; O trânsito tá infernal – Se eu venho de carro ia ser pior! – Falou, olhando para infinita fila de automóveis que se encontravam parados na marginal. Manteve-se calmo, entrou no ônibus, sentou-se e ficou a imaginar no seu grande amor.

"Tinha que ser você, mas o destino não quis. Eu juro que acreditei sem medo eu me entreguei... Fiz tudo pra ser feliz" A letra da música não saía de sua cabeça. A música estava tão viva na mente, que ele pensava que estava escutando-a novamente. Foi então que percebeu que o fone estava enrolado, guardadinho no bolso do casaco. O tempo mostrava-se frio, passando a impressão que ainda estava cedo. Conformado que chegaria atrasado, não tinha mais o que fazer, desceu do ônibus. Olhou novamente para o relógio, os ponteiros marcavam dez pras sete. Dessa vez não resistiu, arrancou o relógio do braço e atirou-o no terreno baldio pelo qual passava. – Esse não tem mais jeito! – Quando chegou às pressas na firma, viu que no relógio de ponto as horas eram 07h22mim. Ele estava atrasado 22 minutos. – Bom dia senhor Teodoro! O chefe lhe deu esse bom dia num tom tão irônico, que deu pra notar é que o quer ele queria dizer era: "Não dá pra chegar mais cedo?" – Bom dia chefe! – Teodoro limitou-se a responder e foi trocar-se sem dá mais explicação. – Fala o que? Estou errado mesmo! Só que ele não sabe o trânsito infernal que tive que encarar nessa marginal. – Dizendo isso pra si mesmo, tentava se autodesculpar, justificando poderia ser evitado se saísse um pouco mais cedo de casa.

O dia se foi tal qual um raio; Teodoro bateu o cartão e sentiu o celular tremular no bolso, olhou rapidamente no visor, mas já sabia de quem se tratava. Atendeu: "Fala minha amada" às 18h30mim estarei no local combinado. Falou e depressa correu para o vestiário. Do outro lado da linha, uma voz misteriosa e macia, respondeu: "Te espero, não se demore... Beijos". Desligou o telefone e caminhou-se ao hotel sex-tur.

Os cabelos soltos pareciam quere voar no sopro do vento. De vez enquanto Karla tupp passava as mãos na cabeça, tentando evitar que as madeixas se assanhassem. A tarde já se ia. O céu escurecia mostrando que a noite estava presente. Trovões anunciavam o temporal que não demoraria a desabar. O perfume da boutiká era o mais novo lançamento. Comprou exatamente para agradar Teodoro. – Este vai marcar essa noite – Pensava enquanto passava o antebraço no nariz para se certificar do cheiro que era muito agradável. Chegando à portaria, arrumou a bolsa tiracolo; Pegou a identidade e se dirigiu à recepção. – Boa noite! Quero um quarto no quinto andar, é possível? – Um momento, por favor – Respondeu a recepcionista, olhando no computador se havia algum quarto vago nesse andar. – Só pra senhora? – Perguntou ao notar que a moça estava desacompanhada. – Não! Quer dizer, estou, mas logo ele estará aqui. - Deixou a ‘identidade’ com a recepção, pegou o elevador e subiu. A única dúvida era se tomava outro banho, ou se se mantinha com o perfume que passara, ao sair de casa. Abriu novamente a bolsa e deu mais uma olhada naquela bagunça – Encontrei – Deitou-se na hidro e descansou a alma na água quente. O perfume estava ali, no meio entre os pertences. O agradável olor estava garantido, na espera do amado.

A firma fica meia hora a pé do hotel sex-tur. Eram ainda 18h15mim quando Teodoro chegou – Por favor, tem uma moça à minha espera? – Perguntou ansioso, temendo que Karla tupp não cumprisse o prometido. – Seu nome? – perguntou a recepcionista – Teodoro – Respondeu a recepcionista, para de praxe, verificar se havia alguém com esse nome. À espera da resposta, Teodoro aproveitava para se olhar nos espelhos fixados nas paredes, dando assim um toque de requinte e bom gosto ao ambiente. Um lindo tapete vermelho o conduzia até a entrada do elevador – Nossa é um luxo só, como é que eu não tinha reparado nesse luxo todo? – pensou consigo mesmo. – Senhor, no quinto andar, conjunto 63 – A recepcionista, lhe cortou o pensamento. O coração de Teodoro parecia o motor de moto barulhenta. – Obrigado! – Limitou-se a responder, pegou o elevador e como um passe de mágica, apertou a companhia. Karla abriu aporta, e com um lindo sorriso, sem esperar que Teodoro abrisse a boca, deu-lhe um afetuoso beijo acompanhado de um apertado e sufocante abraço. Adentrando no quarto, com olhos fechados, bocas coladas e corpos grudados, foram-se conduzindo aos tropeços em direção à cama, e aos empurrões, com a parte de trás do pé, fechou a porta? Como dois insanos, não houve tempo para uma palavra sequer, na troca de favores o prazer invadia lhes os corpos e eles iam se desnudando peça a peça. Braços e bocas se fundiam nos abraços e beijos, deixando-se cair sobre a cama, parecia girar levando-os às nuvens. Ouvia-se apenas a respiração ofegante e estalos suculentos dos beijos deslizantes sobre os corpos lambidos da cabeça aos pés. Se as luzes estavam acesas ou apagadas, não repararam. As peças de roupas nesse momento estavam perdidas, jogadas, deus sabe onde... Nos quatros cantos do quarto! O som do silêncio só era ouvido no coração acelerado de ambos no meio de sussurros e gemidos. O ar condicionado parecia não existir, os suores dos corpos exalavam o perfume que desimpregnavam misturando-se ao odor do sexo que os envolviam. Em fim, uma palavra escapou dos lábios de Karla: "te amo" – E eu mil vezes mais – Teodoro respondeu, olhando-a nos olhos enquanto buscava a boca da amada, que se deixou achar, correspondendo assim com beijos cheios de desejos. Esta noite de amor está apenas começando. Amavam-se como os animais, doce e salgado era o sabor desses entrelaçados de corpos. Não havia espaço para perguntas, nem tampouco para respostas. Minutos de delírios eram tão preciosos que não se davam ao luxo do desperdício de palavras. Aguardavam o êxtase primeiro! Se possível, alguma palavra só depois do segundo. A linda música que toca no rádio, se perdia no ar. Estava tocando para os surdos! A batida dos corações de Teodoro e Karla era mais alta do que aquele som. Que som? - Deixe-me te olhar – Finalmente Teodoro disse algo. Ele queria por alguns segundo admirar aquele corpo perfeito, que a natureza lhes pôs no caminho. Deitada tal qual escultura à mostra, Karla aproveitava para sentir o prazer de ser desejada por um homem tão atraente e acima de tudo amado!
 
Naturalmente, ela parecia posar do jeito que veio à terra, sem pudor algum. Teodoro, admirando-a e repleto de desejos, ele sussurrou-lhe pertinho de sua boca: "Te amo, te amo, ah como te amo!" Karla, deixou-se levar subindo às nuvens, retribuiu-lhe o beijo, afastando os cabelos que teimavam em cair sobre seus lábios úmidos – respondeu: "Também te amo, e vou te amar para sempre!". Apagaram-se, novamente, as luzes dos olhos e se entregaram transformando-se em um só corpo. Seus corpos em ebulição aguardavam apenas a explosão do êxtase... O clímax, ponto culminante do amor. Não deu mais para segurar, então expeliram o néctar de suas sensações.


Tal qual barata tonta, Silvânia ia de um lado para outro. O café era seu companheiro. Bem que eu poderia fumar – Pensava – Pelo menos dizem que é um bom remédio para aliviar a tensão. Ora olhava o relógio da parede, ora olhava o que estava no pulso. Contudo, não consegui visualizar nenhum dos dois. Olhar o relógio tornou-se um hábito automático, do mesmo jeito que olhava para o teto ou para a porta, na esperança de vê-la se abrindo. – Que horas são? Vamos Silnaire, responda que horas são? – Calma! Irmã, você já deveria está acostumada com seu marido, ele sempre chega um pouco mais tarde dia de hoje. Você mesmo falou isso! – sim, falei, mas é que ele nunca demorou assim! Retrucou, impacientemente. – Vai ver o carro dele quebrou! – Respondeu Silnaire, não lembrando que o carro, não se encontrava na garagem. – que carro? Ele está de ônibus! – Então é por isso que ele está demorando um pouco mais, é melhor se acalmar, logo ele aparece. Silnaire falava assim com tanta certeza, até parecia que ela conhecia o cunhado melhor que a esposa dele, sua irmã. Mesmo desconfiada que Teodoro, o cunhado, poderia muito bem está aprontando ou, até mesmo bebendo nas farrinhas que costumava fazer nos bares que se encontravam a caminho de casa – Afinal, hoje é sexta-feira – falava aos seus botões. – Não, eu sei, eu sinto, não é o que você está pensando Naire, sei que hoje é sexta-feira, mas algo me diz que ele não está no bar coisa nenhuma! – Não falei nada! E se ele estiver no bar? Ele pode muito bem está no bar, todos os homens não fazem isso? Argumentou Silnaire, tentando aliviar a dor que a irmã sentia, enquanto que disfarçadamente olhou para o relógio e viu que marcava 21h55mim. – Bem, se estiver no bar, a festa lá deve tá boa, e espero que você esteja certa Naire, porque hoje só vou dormir quando ele chegar. Pô! Nem pra telefonar? – Resmungava sua insatisfação. Silvânia não sabia o que pensar; Seu coração batia acelerado – Outra mulher... Só se aconteceu algum acidente... Não, não foi. Algo está acontecendo e não é acidente. – Seus pensamentos giravam igual aos ponteiros do relógio. – Quer saber, vou lá! – Dizia em voz alta. Lá onde? – quis saber a irmã. Na firma dele, ora! – Não faça isso Silvânia, nenhum homem gosta quando as mulheres fazem assim. Como você sabe? Pelo que sei você, nunca casou! – Não precisa falar assim comigo, eu só estou querendo ajudar. – Respondeu Naire ressentida. – Me desculpe Naire, é que estou nervosa – Tudo bem, eu entendo. Silvânia estava decidida a ir ao encalço de Teodoro. – E tem mais... Não importa, se ele gosta ou não... Vou lá e pronto! – Então vou com você. Silnaire sabia que se sua irmã fosse só, as coisas poderiam piorar. Conhecia muito bem o gênio da irmã. Por outro lado, conhecia e muito o gênio do cunhado. Sabia que estando por perto poderia evitar o pior, controlando a situação. O sofrimento e angústia de Silvânia, de certa maneira lhe cortava o coração.
Voltando à realidade, Silvania sabia que àquela hora, não adiantaria ir à firma que Teodoro trabalha. A que horas iremos chegar lá?- Perguntava-se. – Ainda bem que você voltou a si, não há muito que fazer. Não sabes que notícia ruim anda mais de pressa que reflexo de espelho? – Silnaire argumentava com certa razão, e se sentia aliviada por ver que a paz momentaneamente residia na mente de Silvânia. Sabia que sua irmã poderia está certa, e ficava a observar a intranquilidade dela, na caminhada naquele pequeno espaço da sala pra cozinha e da cozinha pra sala. Sabia que a paz estava presente, mas a tranquilidade de Silvânia, jamais. A tentação de ir ao encalço de Teodoro não saía de sua cabeça. Por fim, sentou-se e deu mais um trago no café, que a esta altura estava frio. Baixou a cabeça sobre os braços cruzados em cima da mesa, respirou fundo e com um tom melancólico disse: Aguardar é o que nos resta!


Naire mostrava certa tranquilidade, tentava ser racional. Puxou da cadeira e sentou-se ao lado da irmã, para saborear o mesmo café gelado. – Nossa, que horroroso! – Reclamou, mas engoliu a força. Silvânia, com a cabeça baixa e o ar desanimador, ergueu-se e como se estivesse dopada cambaleou em direção ao quarto. Silnaire, também se levantou e dirigiu-se a pia, e jogou o restante do café no ralo. – Basta de tanto café frio por hoje. Deu boa noite para Silvânia e aproveitou para lavar alguns pratos e xícaras que se amontoavam. Através da janela observava o dilúvio que caía do céu. Então, terminando de lavar a louça, foi fazer companhia a Silvânia. Olhando novamente o relógio, viu que a hora passara. – Vai dar meia noite, não é possível que ele não venha pra casa! – Pensava, enquanto afagava os cabelos da irmã. – O melhor mesmo a fazer nesse momento é dormir minha irmã... É dormir! Amanhã, agente vê o que faz se preciso... Vamos à polícia e registramos queixa.

A todo o momento Silnaire, tentava manter-se sóbria nos pensamentos. – Polícia, pra que polícia? Aquele cachorro deve é está com alguma vagabunda por aí, enquanto eu estou aqui, feito uma idiota cheia de preocupação. Minha intuição não falha Silnaire. – Silvânia parecia saber o que estava dizendo. – Quantas vezes, você já não falou isso? E em todas às vezes você se enganou! Respondeu Naire – Isso é o que você acha – Retrucou Silvânia, e continuou – Sabe de uma coisa? Vou seguir seu conselho minha irmã! Não adianta eu ficar me intoxicando com pensamentos, sei que hoje ou amanhã cedo ele retorna. – É isso aí Vânia, até que fim, uma palavra coerente. – Disse Naire enquanto arrumava o cobertor sobre o corpo de Silvânia e completou: "Boa noite". O tempo chuvoso era um convite a uma boa noite de sono, o tempo frio ajudava nessa missão. Naire se recolheu também; Se elas iam conseguir dormir, só o resto da noite saberá responder. E o sono em fim as levou para profundezas da escuridão.

Deus mandava água sem limite, nem hora para cessar. Nas ruas davam para andar de botes. As calhas dos casarões que ficam em frente do hotel sex-Tur. derramavam milhares de centenas de metros cúbicos de água, formando cachoeiras cima a baixo. Dentro do hotel, através das janelas, Teodoro e Karla apreciavam a imagem que embelezava a noite. O volume torrencial espalhava-se deslizando sobre os vidros das venezianas, que entreabertas, deixavam respingar gotículas que umidificava a bela cortina que ornava a parede. O vento mesmo suave balançava-a refrescando ainda mais o ambiente de uma alcova que simbolizava a união de um casal apaixonado. Com seus corpos quentes, a umidade no ambiente, servia para refrescar a pele que se encontrava nua. Abraçados depois da magia do amor, brincavam com seus pés roçando-os enquanto se olhavam ternamente, como se estivessem agradecendo aos céus por aqueles momentos e por terem encontrado um ao outro. Finalmente encontraram o amor. O frio, a chuva, o clima refrescante, o aroma dos corpos, a cortina a balançar a cada sopro do vento. Só faltava a lua pra completar o cenário perfeito. Um homem e uma mulher, agora um só corpo, um só desejo; Tudo será eterno. Um sonho, um sonho acordado. E no silêncio, aos poucos seus corpos tomavam outra posição, então deitado e suas peles coladas, olhava para o teto, onde apenas uma luminária deixava o mínimo de claridade.

Os minutos passavam, agora lentamente e de olhos fixos para o céu, deixavam-se vagar nos pensamentos. O mundo lá fora não existia! O mundo era ali, as quatros paredes... Ali era o verdadeiro paraíso. Ninguém no mundo se amava mais do que Karla e Téo. Naturalmente, devagarinho seus corpos aconchegantes se posicionavam para um merecido descanso no resto da noite. Em posição de côncavo e convexo, antes de se entregarem ao sono, Karla acordou para o mundo real. – Téo, como vai ser o amanhã? – Não entendi... Como vai ser amanhã? Ha, quando agente acordar vai ser maravilhoso – Respondeu Téo naturalmente. – Não, não estou falando sobre se vai ser maravilhoso ou não, isso eu sei que vai. – Karla girou para frente e continuou – O que vai acontecer com agente quando sairmos daqui? Pra ser sincera, eu continuaria a vida toda aqui com você... Mas não dar pra vivermos dessa maneira, é muito pouco para nós! – Eu sei meu amor, também não me agrada vivermos nos encontrando às escondidas. Precisamos ter apenas mais um pouco de paciência. Nada nesse mundo vai nos separar. Eu também não gosto dessa situação. – Téo, sabia o que estava falando, seu coração não desejava outra coisa, se não viver esse grande sentimento que lhe invadia sem pedir permissão. – E esta noite eu quero que você seja só minha e não vou dividir você com preocupações. Vamos aproveitar o restante da noite e descansar... Finalizou e ficou a ouvir o que Karla iria dizer. Não demorou – Eu confio em cada palavra que você está me dizendo, Téo... É que às vezes eu quero mais do que momentos contigo, eu te desejo por completo. Dizendo isso, Karla o enlaça novamente com um doce beijo, deixando-se levar pelo sono e o cansaço de uma grande noite. Ali, adormeceu abraçada a Teodoro, que por sua vez a acalentava ao som da chuva, que entoava a canção dos amantes e pelos afagos dos carinhosos dedos que alisavam os longos cabelos da amada recheando-os com gostosos cafunés. – Dorme amor... Dorme amor! – Dizia Téo, deixando-se dominar pelo pedido do corpo, então o sono o fez dormir, enquanto o dilúvio acabava com o mundo. Os amantes estavam presos pelas enchentes noturnas e pelo destino, e porque não dizer, pelo amor.



JULIA SILVIA LIMA uma moça independente, 22 anos de pura beleza. Mas um ano e terminava o colegial. Grandes planos para o futuro. Loira e ar de sedutora. Pernas torneadas, seu charme era de dar inveja a muitas garotas de sua idade. Seus lindos cabelos loiros eram ondulados, davam abaixo do ombro. Seu batom predileto tinha que ser da cor de chocolate, dizia ela, que era pra lhe dar melhor tonalidade, referindo-se a sua cor branca. – Poderia muito bem ter nascido morena, ou quem sabe, negra – Pensava Jú, enquanto sacudia as madeixas pra lá e pra cá, na esperança de secá-lo com mais rapidez. Não pensava em usar secador de cabelos, dizia que danificava as pontas. Preocupada com as horas, jogou a mochila pra onde o nariz apontava. Dentro da mochila estavam os cadernos com lições da facul. Era esse o termo que usava para faculdade. O nariz apontava para a cômoda, e foi ali, que ficou a mochila. Sua preocupação era com as horas. Não perdeu tempo e muito rápido tomou um banho e trocou-se. Vestiu uma roupa que lhe caía tão bem, segundo ela mesma: Uma blusa pequena, sem manga (regata) onde lhe deixa à mostra o umbigo e uma calça bem justa de coton, que se notava claramente a marca da peça de baixo. Caprichou no batom cor de chocolate e se dirigiu à sala para esperar o homem de sua vida. Foi em seguida ao aparelho de som, e pôs uma música pra tocar... Pra relaxar o coração e a alma, enquanto seu homem não chega... Seu homem, seu amado. Para não incomodar o vizinho, deixou o som baixinho e ficou a cantarolar uma música estrangeira, tal de Aldelym, cantora que está estourando nas paradas de sucesso. – Hoje, dia primeiro está fazendo cinco meses que estamos juntos – Pensava cantarolava ao mesmo tempo. Voltou ao quarto e se olhou no espelho para se certificar como está sua beleza. Virou-se para cama pra ver se o local onde deixara a caixa embalada com um lindo papel de presente estava bem visível. – Ele deve estar trazendo algo muito especial pra mim. Eu sinto eu sei! – Feliz, Julia Silvia, retornou à sala para perto do toca cd e se jogou no sofá. – Agora, é só aguardar! – Disse e aproveitou para olhar as horas e confirmou: 9h45, - Ainda está cedo, vou aproveitar para fazer algo. Mas o quê?! – Ansiosa Julia não sabia o que fazer. Seu "dengo" como ela o chamava, estava preste a chegar. Aproximava-se a hora do almoço, este momento seria avisado pelo estômago. Enquanto as horas não passavam a barriga pedia-lhe algum alimento; Foi à cozinha e comeu o outro pedaço do pão que sobrara do café da manhã. – Apenas um pedaço! – Não querendo aumentar a silhueta, limitava-se a comer apenas uma banda de pão. Contudo, não abria mão de uma boa manteiga, ou de uma margarina de boa qualidade. Sua mente inebriada ao som romântico, não parecia que acordara há pouco tempo. O telefone tocou. – Será ele? – Pensou, ao correr para tirar o telefone do gancho. - Tu-tu-tu-tu-tu... A ligação não deu sequência e Julia ficou sem sabe quem estava do outro lado da linha. A ansiedade voltara a tomar conta do coração... – "trim-trim-trim-trim"... Desesperada Julia corre ao telefone para que não tenha a surpresa da linha cair novamente. – Alô! Oi, alô! – Ninguém respondeu, o telefone ficou mudo, não dava nem sinal de ocupado. Isso deixou apreensiva. – Só podia ser ele! Por que então não respondeu? Será que era ele mesmo?... Não, não podia ser ele, ele não ia brincar comigo assim! – Julia esperou o telefone tocar novamente... Passaram-se minutos e nada o telefone chamar, não dava sinal de vida. – Deixa pra lá, vai ver não era nada de importante, ou foi engano – Pensou... Deixou os maus pensamentos de lado e se concentrou só em coisas boas: A chegada do seu querido e amado.

Trim...trim...trim... Parecia que o telefone chamava com mais intensidade. Desta vez Julia percorreu o caminho lentamente. – Engano ou não, vai ter que esperar... Está pensando o quê? – Respirou fundo e como tivesse certeza que era o Téo, amado, tirou o telefone do gancho: - Pronto alô! – Atendeu mostrando-se tranquila e torcendo que do outro lado da linha estivesse seu amado. Aproveitou para olhar novamente o relógio, e reparou que ele já estava atrasado. – Alô, oi Julia, sou eu querida! – Do outro lado da linha num tom aprazível e de desculpas, Téo fica espera de uma resposta. Resposta essa que é imediata: - Meu querido, eu pensei que você já estivesse aqui... Onde é que você está amor? – Perguntou num singelo tom de ironia. – Olha, não vai dar pra chegar aí antes das onze horas. Houve um contratempo... Espero que não fique chateada. – Ôh não Téo! Só quero que você me dê à certeza que virá! Não me importo se será depois das onze horas. Eu queria muito ter tomado o café da manhã contigo... Já que não deu, fazer o quê? Infelizmente não será dessa vez. O que houve? – Quis saber – Nada de interessante, quando eu chegar aí conversaremos melhor – Respondeu de maneira resumida. Ao dizer isto o telefone ficou mudo. Do lado de cá da linha Julia não teve tempo de lhe mandar um beijo ou dizer que estava com saudades. Tu-tu-tu-tu... Esse foi o último som que Julia ouviu. Olhando para o vazio e de boca aberta, colocou o telefone lentamente no gancho e pensou: - O safado desligou!




Téo gós, às pressas não olha um minuto sequer para trás, o hotel aos poucos deixa de aparecer no momento que Téo dobra à esquina. Silvânia sua esposa o espera de mais uma noite de trabalho. – Antes preciso passar na padaria e levar uns pães quentinhos – Enquanto andava em direção da padaria, Téo tentava reorganizar seus pensamentos, para dar uma boa desculpa quando chegasse à casa de Julia. Ele sabe que desligar o telefone da maneira que desligou, teria que dar uma boa explicação.

Conformada aparentemente, Silvânia, abriu os olhos e levantou a cabeça para olhar o relógio que ficava no alto da parede marcar 9h57. A irmã dormia feito anjo no quanto de hóspedes. Ao contrário do que se passava na mente de Téo em relação Júlia, ele não demonstrava uma gota sequer de preocupação. Para ele, não faria diferença a que horas chegava em casa, a discussão era inevitável. O amor da parte de Téo, não existia, há um bom tempo.

Ao abrir a porta não deu de cara com Silvânia, ela se encontrava no toalete. Enquanto fazia sua higiene matinal, notara através do espelho que o tempo passara. Pequenas rugas davam sinais de vida, nos cantos dos olhos. Foi quando lhe-bateu um profundo desânimo e uma vontade de chorar lhe invadiu o peito. Mas Silvânia não se deixou abalar, abriu a torneira e encheu ambas as mãos e lavou o rosto, misturando lágrimas e água. Amargura era a palavra exata para justificar tamanha dor. Muitas e muitas vezes trancou-se no quanto para aliviar esse sentimento que acreditava piamente ser causado pela falta de um filho que durante anos de casamento, não recebera essa bênção. Seria esse o motivo que levava Téo passar noites fora de casa? Silvânia não tinha certeza... Contudo a pulga já estava instalada atrás da orelha... Agora ainda mais. Está quase se tornando rotina as dormida fora de casa. Sabia e sentia que as horas-extras que Téo dizia fazer a cada vez que se ausentava, eram meras desculpas. Ele tinha outra mulher sim!

Téo gós, ficou por minutos – após entrar sem ser visto – fitando Silvânia enquanto ela se olhava no espelho. Sem notar a presença do marido, ela se assustou, por momento acreditou se tratar de um fantasma, mesmo sabendo que fantasma não existe. – Bom dia minha querida! – Essas palavras num tom irônico, soaram iguais badaladas de sinos de igrejas, estourando os tímpanos. – Não toque em meus cabelos, tirem suas sujas mãos de cima de mim! – Respondeu Silvânia, ao sentir que ele, insinuara passar as mãos nos cabelos dela. E continuou: - Não me venha com essa de querida, seu sínico. É muito fácil pra você dormir fora de casa, pôr um sorriso falso na cara! – Desvencilhando no aperto do banheiro, foi em direção a cozinha onde viu os pães sobre a mesa. Continuou: - É sempre assim... Passa antes na padaria, compra os pães e vem com uma conversa mole! Por que você não fala logo que estava com alguma piranha até essas horas? Qual o nome dessa desgraçada e onde ela mora? Vamos, fale logo... Ou você pensa que sou burra! – Os olhos de Silvânia estavam a ponto de sair pra fora, seu rosto tremia de vermelho. Téo limitou-se a responder, de forma serena: - Bem, eu só tenho a dizer que trabalhei duro até agora! A escolha entre acreditar ou não, no que estou dizendo, é sua. Olhe bem na minha cara, bem dentro dos meus olhos, você acha que estou mentindo? – A firmeza com que Téo proferia essas palavras, era tanta que deixava no mínimo, qualquer mulher na dúvida.

Se sentindo ofendido, Téo pegou um pão e tratou de passar margarina, quando pôs a mão para pegar a garrafa de café, sentiu um vulto. Era a garrafa que voara longe. Silvânia meteu a mão na garrafa que ela caiu após bater na parede. – Você vai tomar café no inferno, seu maldito! – Chorando e gritando piedosamente, não viu mais nada em sua frente. Ao sair correndo derrubou cadeiras que estavam no lugar errado na hora errada.

Imóvel, como se não estivesse acontecendo, Téo, continuou passando a margarina no pão e mordeu um pedaço a seco. Tal qual ator, fez uma cara de ofendido, colocou o restante do pão sobre a mesa, balbuciou algumas palavras indecifráveis e foi lentamente até o quanto onde se encontrava Silvânia, chorando e praguejando, falou: - Não me espere para o almoço, só volto à noite e torço muito para que você esteja mais calma! – Olhou para Silvânia por mais um minuto... Em silêncio... Virou-se e saiu sem dizer uma só palavra a mais. – Volte aqui! Téo... Volte aqui, é só isso que você tem a dizer? Dorme fora, chega no outro dia, passa a noite toda com uma vagabunda... Dá de ombro, como se não estivesse acontecendo nada, me deixa falando só? Então vá para o inferno maldito e fique por lá! - Sem dizer mais nenhuma palavra, Téo apenas ouviu o barulho da porta, estrondando à sua costa. A pancada foi tão forte que deu a impressão que parte dela tinha se partido.

Silnaire assistia tudo em silêncio, sofria a mesma dor da irmã. Mas não podia explodir tal qual Silvânia. Como poderia demonstrar seus sofrimentos justamente para irmã, se o homem que ela ama loucamente é o cunhado Téo. Silnaire vendo o desespero e o choro de sua irmã ajudou-lhe a levantar do pé da porta. – Tenha calma Vânia, eu acho que você está fazendo uma tempestade, e se o Téo estiver falando a verdade? Se ele estiver falando a verdade você está sofrendo a toa... Venha vamos tomar café, termine de lava o rosto e vamos para mesa! – Silnaire eu não entendo... Você ver meu sofrimento e a falta de amor que o Téo demonstra por mim, e te manténs tão fria! – A diferença é que você é a esposa dele e eu sou apenas cunhada... Mas acredite eu sofro muito com o seu sofrimento. Não importa o que aconteça, ele pode até ter outras mulheres por aí, mas terminará voltando pra nós... – Nós?! Você disse, nós? – Replicou Silvânia. – Sim nós, eu falo nós porque me sinto parte da família - Reiterou Naira, concertando seu ato falho. – Desculpe minha irmã, é que eu estou tomada, com tudo que vem me acontecendo... é claro que eu entendi o que você quis dizer. – Silvânia se desculpou, porque por segundo lhe bateu um leve ciúmes nas palavras de Naira. – Tudo bem... Não precisa se desculpar, vamos tomar esse café, que estou morrendo de fome.

Silvania após ter puxado os próprios cabelos, praguejado, e chorado rastejando-se ao pé da porta, tinha ciência de um amor que estava se indo. Nada lhe tirava mais da cabeça que era apenas uma questão de dias, e o marido não faria mais parte de sua vida. Silnaire por sua vez se sentia igual cobra presa dentro do cesto sem saber que rumo tomar no que se refere à tragédia da separação da irmã e lutar pelo amor de Téo, o cunhado. O silêncio, muitas vezes era o melhor caminho para o anonimato de seus sentimentos. – Não posso continuar alimentando essa ilusão... Além de ser o meu cunhado, também é um galinha. O que faço meu Deus? – Silnaire! – Falou num tom alto, assustando-a – Oi, minha irmã, não estás me ouvindo? Em que pensas tanto mulher? Deixe esse assunto pra lá!

- Ham! Não estou pensando em nada... Na verdade fico imaginado o que devo fazer para te ajudar nesses momentos tão difíceis. – Respondeu Silnaire, se recuperando do susto, já que estava realmente perdida em pensamentos.

- Juro, eu prometo que descubro quem é a infeliz que está destruindo meu casamento – Silvania falava aos soluços, enquanto passava as mãos nos cabelos que estavam ainda por pentear; prova de uma noite mal dormida.

Enquanto a tempestade invadia uma casa condenada ao desabamento, Silnaire se mantinha em silêncio... Era um ato automático. Sabia que quanto menos conversa sobre os problemas da irmã, melhor! Neste silêncio, procurava conter a dor que talvez fosse mais profunda do que a dor de trair a irmã. Quantas noites mal dormidas... Perguntava-se se realmente era uma traidora, já que Téo, não sabia de seus sentimentos. Difícil era Silnaire disfarçar. Sempre que assistia as cenas de ciúmes e brigas, parecia ser ela a traída. Silvânia, então percebeu a mudança de comportamento. – Naire, eu tenho notado que toda as vezes que brigo com o Téo, você fica triste por ver essas discussões... Não se deixe levar por nossas brigas, isso é coisa de casal e não tem nada haver com você. – Eu sei irmã, mas é que não me sinto bem, ver intrigas e sabe que ele te trata desse jeito... Até parece que ele não te ama! Bem, vamos mudar de assunto, falaremos de coisas boas! – Silnaire falou isso e foi ao banheiro lavar o rosto.

Do banheiro, Silnaire gritou: - Já escovou os dentes mana? Posso colocar o creme dental em sua escova? – Sim Pode! Que já estou indo. Preciso terminar de me arrumar, pois hoje vou sair. – Ao sair do banheiro e ter deixado a escova repleta de creme dental, Silnaire enquanto caminhava até a cozinha fez questão de falar: - hoje, Silvânia, pra te falar a verdade foi até bom essa gritaria dentro de casa; só assim, eu acordava um pouco mais cedo. Eu já não aguento mais essa vida. – Reclamava, por não ter trabalho, e ser sustentada pela irmã. O tédio lhe corroía a mente. – Então quer dizer que esse seu ar de tristeza, é por causa da vida que levas aqui? Sinto muito minha, irmã... Mas não acho que esse seja motivo suficiente para tamanha melancolia e solidão. Sei que não é bom, mas você é sangue do meu sangue e acima de tudo, sinto muito prazer em lhe ajudar, até você conseguir um emprego e ter seu cantinho. – Não é apenas por viver aqui e não ter trabalho. Sim, não posso negar que isso me entristece profundamente. – Respondeu Silnaire com a voz embargada. – E que outra coisa pode ser então? – Silvânia, perguntou sem nenhuma maldade em suas palavras. Ao perguntar fixava o olhar para porta, na esperança de ver Téo voltando, e não cumprisse a promessa de só voltar a noite. Se é que voltaria. – Deixa esse assunto pra lá Silvânia... Logo conseguirei um trampo (trabalho) e essa minha tristeza será coisa do passado. – E de forma quase inconsciente continuou: - "Não entendo, como é que podes deixar teu marido agir assim? Eu tenho reparado... Não que eu quisesse... Mas tá bem à mostra que faz tempo que vocês não transam." – E eu tenho culpa? Como você ver, eu estou aqui todos os dias, e nunca quis faltar com minhas obrigações de esposa e mulher... O que devo fazer se ele não me procura e quando o procuro ele foge de mim? Se você quer saber minha irmã, eu amo esse homem mais que tudo nessa vida! E se ele não me procura é por que já deve ter outra, ou outras... Vai lá saber! – Ao ouvir isto o coração de Silnaire, como que entrou em erupção, borbulhando uma mistura de amor, ciúmes e ódio, então pensou bem no fundo de seu íntimo: - "Se ele tem outra, por que esta não sou eu?" – Ouvi você falar algo? Está resmungando! – Silvânia teve a nítida impressão de ouvir os pensamentos de Naire. – não é nada, estou falando com meus botões. – Pois, é, mas parece que não estais me ouvindo... E ainda deu pra pensar alto!

A verdade é que Silnaire se assustou , quando sua irmã, quase ouviu seus queixumes.


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